“Uma Geografia Poética” chega a Portugal em edição revista, ilustrada e aumentada — um mapa vivo da língua portuguesa
Livro de José-Manuel Diogo terá pré-apresentação e sessão de autógrafos no Porto, no dia 24 de outubro, às 18h, na Fundação Livraria Lello, durante a FLIPORTO PORTUGAL 2025
Lisboa, 18.out.2025 – “Uma Geografia Poética – Contos de José-Manuel Diogo” chega a Portugal pela Editora Novembro, dirigida por Avelina Ferraz, em edição revista, ilustrada e aumentada, agora com 23 diálogos ficcionais entre autores e autoras de língua portuguesa — um dos quais inédito, entre Matilde Campilho e Luiza Romão, duas das mais luminosas vozes da poesia contemporânea.
O livro será apresentado em pré-apresentação e sessão de autógrafos no dia 24 de outubro, às 18h, na Fundação Livraria Lello, no Porto, integrando a programação da FLIPORTO PORTUGAL 2025 – O Livro em Tempos Digitais e a Literatura em Língua Portuguesa, que decorre de 22 a 25 de outubro de 2025 no Mosteiro de Leça do Balio.
Publicada originalmente em junho de 2025 pela Editora Patuá, em São Paulo, a obra foi recebida no Brasil com entusiasmo e aplausos de público e crítica. Desde então, José-Manuel Diogo tem participado em alguns dos principais festivais literários do país, entre eles a FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty), o Folia – Festival Literário de Macapá, e agora a FLIPORTO PORTUGAL, que marca o lançamento europeu do livro.
Uma travessia literária entre tempos e vozes
Com apresentação de Valter Hugo Mãe, prefácio de Tom Farias e elogios de Mia Couto e Trudruá Dorrico, Uma Geografia Poética é um manifesto pela escuta e pela comunhão — um gesto literário e filosófico que devolve à língua portuguesa a sua dimensão de encontro.
A nova edição acrescenta um vigésimo terceiro diálogo inédito, entre Matilde Campilho e Luiza Romão, que simboliza a continuidade da língua portuguesa como território vivo e plural. Ao lado desse encontro entre duas das poetas mais vibrantes da nova geração, a obra revisita diálogos já centrais no imaginário da literatura lusófona: Camões e Fernando Pessoa, que se encontram à beira do Tejo para discutir a eternidade e a perda — o primeiro vindo do mar, o segundo do pensamento, ambos náufragos da própria língua; Adélia Prado e Maria Teresa Horta, que entrelaçam erotismo e fé numa conversa de corpo e revelação; Eça de Queirós e Machado de Assis, que disputam ironias sobre o destino da burguesia e o papel do escritor; Mia Couto e Ondjaki, que reinventam o mundo pela infância e pela esperança; e Raul de Carvalho e Camilo Pessanha, que fazem da melancolia uma forma de transcendência. Juntos, esses vinte e três encontros desenham uma geografia emocional da língua portuguesa, onde cada voz se reconhece na outra — múltiplas e unidas, como se a língua fosse o verdadeiro personagem do livro.
“O que, em pura beleza, José-Manuel Diogo aqui imagina é o esplendor dos encontros entre escritores e a maravilhosa maneira como a língua que falamos se empodera para dizer mais e mais do que somos e do que o mundo é.”, escreve Valter Hugo Mãe na apresentação da obra.
Para Tom Farias, “as narrativas de Uma Geografia Poética representam uma viagem emocional que abarca a memória e o imaginário das gentes, e são uma proposta para dizer que ainda estamos aqui — e vale a pena a aventura da escrita literária.”
Do Brasil a Portugal — uma geografia que se expande
A edição brasileira, lançada pela Editora Patuá, em São Paulo, foi o ponto de partida de uma viagem literária que uniu leitores, escritores e críticos em torno da ideia de uma literatura como ponte entre mundos.
Em Portugal, a Editora Novembro dá continuidade a essa travessia com uma edição ilustrada, que transforma cada conto em paisagem visual.
Avelina Ferraz, diretora da Novembro, afirma:
“Publicar Uma Geografia Poética é celebrar a língua como uma morada partilhada. Esta edição ilustrada e aumentada é também um gesto de esperança: ela mostra que, mesmo em tempos digitais, o livro continua a ser o lugar onde o humano resiste.”
José-Manuel Diogo, autor da obra, acrescenta:
“Esta edição portuguesa é mais do que uma chegada: é um recomeço. Cada diálogo é uma ponte sobre o tempo, e o novo encontro entre Matilde e Luiza representa a juventude do idioma que partilhamos — uma língua que ainda sonha o futuro.”
Ecos da lusofonia
Na contracapa, Mia Couto e Trudruá Dorrico reafirmam o sentido poético e político da obra:
Mia Couto: “O José-Manuel Diogo sai-se muito bem na sua estreia em ficção. Senti a presença partilhada, minha e do Ondjaki, separados e encontrados por esse rio que habita muito a nossa escrita — um texto que é um abraço.”
Trudruá Dorrico: “A língua portuguesa é o nosso território. Este é um livro em que a língua portuguesa é a morada da poesia.”
Sobre José-Manuel Diogo
Escritor, curador e consultor internacional, José-Manuel Diogo é fundador da Associação Portugal Brasil 200 anos e criador de projetos como 200 anos, 200 livros e a Casa da Cidadania da Língua. Vive entre Lisboa, Coimbra, São Paulo e Brasília. Colunista da CNN Brasil, da Folha de S.Paulo, do Jornal de Notícias e de O País (Angola), é reconhecido como um dos principais pensadores da cultura lusófona contemporânea.
Sobre a Editora Novembro
A Editora Novembro, fundada em 2006 por Avelina Ferraz, é uma casa portuguesa dedicada à publicação de obras que unem rigor literário e inquietação estética. Com sede em Vila Nova de Famalicão, a Novembro tem-se afirmado como um espaço de cruzamento entre tradição e contemporaneidade, reunindo autores de Portugal e do mundo lusófono. O seu catálogo abrange romance, poesia, ensaio e literatura infantojuvenil, sempre com o propósito de preservar o livro como território de pensamento e de beleza. Fiel à ideia de que editar é um ato de criação e diálogo, a Novembro consolida-se como uma das editoras independentes mais consistentes na defesa da língua portuguesa e do seu património literário comum.
Serviço
Pré-apresentação e sessão de autógrafos
📍 Fundação Livraria Lello – Porto
📅 24 de outubro de 2025 (quinta-feira)
🕕 18h00
📘 Edição revista, ilustrada e aumentada da Editora Novembro
🎪 Evento integrado na FLIPORTO PORTUGAL 2025 – O Livro em Tempos Digitais e
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