FliParaíba 2025 — MESA 1: A LÍNGUA COMO TERRITÓRIO DE CIDADANIA
A língua que nos (re)inventa
28 de novembro de 2025 | 10h
Bernardina Freire (Aroeiras - Paraíba), Silviano Santiago (Brasil), José Manuel Diogo (Portugal), Aline Cardoso (João Pessoa - Paraíba)
Mediação: William Costa (Campina Grande – PB): é jornalista, escritor, crítico de arte e literatura. É bacharel em Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e tem cursos não acadêmicos nas áreas de Mitologia Grega e Artes Plásticas. Iniciou-se no jornalismo em 1986, e trabalhou em assessorias de imprensa e nos principais jornais e emissoras de rádio da cidade de João Pessoa: Rádio Tabajara, Rádio Correio da Paraíba e Rádio Tambaú; jornais Correio da Paraíba, O Momento, O Norte e A União, e revistas Bastidores, Fabulação e Segunda Pessoa. Por duas vezes, foi editor do jornal A União e do suplemento Correio das Artes. É autor do livro de crônicas “Para tocar tuas mãos” (Ideia, 2017). Atualmente, é diretor de Mídia Impressa da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC).
Seguindo a herança do primeiro Fli Paraíba refletimos sobre a cidadania e território como códigos de pertença, a língua sendo uma geografia da alma. Esta mesa propõe uma reflexão sobre a literatura como solo simbólico, onde nações se formam, pertencimentos se afirmam e afetos se escrevem.
Numa era em que as fronteiras são tanto geográficas quanto linguísticas, a língua torna-se o mais íntimo e mais poderoso território de cidadania. É por meio dela que nos situamos no mundo, que exigimos direitos, que narramos quem somos e imaginamos quem poderíamos ser. A língua não é apenas um instrumento de comunicação — ela é uma forma de existência. Cada palavra carrega o peso de uma história, o sopro de uma cultura, a marca de um povo.
Nesta mesa de abertura, a literatura é convocada como geografia simbólica onde as nações se formam e se reformulam — não pelos limites da política ou do capital, mas pelos afetos, pertencimentos e fraturas inscritas na palavra. Aqui, a língua é espaço de luta e de esperança, é casa e exílio, é raiz e reinvenção. Cidadania, nesse contexto, não é apenas um direito legal, mas uma travessia poética, política e identitária.
NOTAS BIOGRÁFICAS DOS AUTORES
🌎 Silviano Santiago (Brasil)
Ensaísta, romancista e crítico literário, é um dos intelectuais mais importantes da cultura brasileira contemporânea. Autor de obras seminais como O Cosmopolitismo do Pobre e Em Liberdade, Silviano foi pioneiro em pensar as margens, os deslocamentos e a mestiçagem cultural no Brasil e na América Latina. Prêmio Camões 2022, sua obra articula literatura, filosofia e crítica social, sempre com agudeza e elegância.
🇵🇹 José Manuel Diogo (Portugal)
Escritor, curador e intelectual luso-brasileiro, é conhecido por articular literatura, filosofia e inteligência artificial na construção de novas narrativas para o século XXI. Seu livro Uma Geografia Poética explora a linguagem como forma de pertencimento e memória viva. Criador do projeto Todos Somos Camões, tem trabalhado na reconexão simbólica entre os povos da lusofonia, com especial atenção à descolonização cultural.
🇧🇷 Aline Cardoso (João Pessoa – PB)
Professora, escritora, curadora, produtora e gestora cultural, fundou em 2019 a Editora Triluna, que já publicou mais de 30 títulos, com foco em autoras negras, nordestinas, dissidentes e vozes historicamente silenciadas e marginalizadas. Aline é professora de Língua Portuguesa e Literatura há mais de 13 anos, autora de cinco livros entre poesia e prosa. É mestra em Linguística (UFPB), com especializações em Gestão Cultural (Itaú Cultural); Arteterapia; Curadoria, Museologia e Gestão de Exposições, além de bacharelanda em Comunicação Social - Educomunicação (UFCG). Atua como curadora e produtora do Sarau Selváticas e em diferentes frentes culturais. Na gestão pública, integra a equipe da Gerência Executiva de Desenvolvimento Artístico Cultural da Secult/PB. Atua como Coordenadora Geral da Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão e Produção Cultural (Secult/PB, UEPB e Fapesq).
🇧🇷 Bernardina Freire (Aroeiras - Paraíba)
Doutora em Letras pela UFPB, mestra em Ciência da Informação pela UFPB, especialista em Organização de Arquivos, especialista em Administração da Educação a Distância, graduada em Biblioteconomia pela UFPB. É professora adjunta da UFPB, ex-coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação da UFPB. Na pós-graduação em Ciência da Informação leciona a disciplina Memória e Identidade. Atua ainda junto ao Programa de Pós-Graduação em Organizações Aprendentes (MPGOA). Na graduação atua como professora dos cursos de Arquivologia e Biblioteconomia. Tem experiência na área de História cultural e memória, com ênfase na produção e circulação de suportes de leitura. Na pós-graduação atua nas áreas: Informação, memória e patrimônio cultural; Arquivo, memória e identidade; Cultura material e memória; Escrita de si; Redes sociais e Memória literária. É coordenadora nacional do Grupo de Trabalho Informação e Memória da Associação Nacional de Pesquisadores em Ciência da Informação (ANCIB), presidente da Academia Feminina de Letras e Artes da Paraíba e vice-reitora da UFPB.
2º FESTIVAL LITERÁRIO INTERNACIONAL DA PARAÍBA
Nossa Terra, Nossa Gente — Ancestralidade, Identidade e o Futuro da Democracia
João Pessoa | 27 a 29 de novembro de 2025
📍Centro Cultural São Francisco | Espaço de Debates Nave Central

