“A história oficial é sempre uma versão. A memória, quando liberta, é um levante.”
Nesta mesa inaugural do ciclo Descolonização do Patrimônio Intelectual e Cultural, o convite é direto: venha ouvir quem não costuma ser ouvido.
Quatro vozes singulares — Sérgio de Castro Pinto, Tom Farias, Naná Garcez e José Manuel Diogo — reúnem-se para recontar o território da língua portuguesa a partir da memória viva, da tradição oral, da crítica literária e da reinvenção cultural. Cada um deles carrega uma fronteira que fala: o sertão nordestino, a herança afro-brasileira, o jornalismo público, a lusofonia plural.
Mas esta não é uma mesa sobre o passado. É uma mesa sobre o direito de narrar. Sobre a urgência de rever quem construiu os marcos do que chamamos “patrimônio”. E sobre a possibilidade de imaginar um futuro onde o centro seja múltiplo, e a palavra não seja monopólio — mas pertença.
Você está convidado a fazer parte dessa travessia.
Porque recontar o território é também recuperar o próprio lugar no mundo.