FliParaíba 2025 — MESA 7: O CORPO POLÍTICO DA LÍNGUA
Quando a língua é fronteira e trincheira
29 de novembro de 2025 | 11h30
Alberto S. Santos (Portugal), Ana Adelaide Tavares (João Pessoa – PB) Hildeberto Barbosa (Aroeiras – PB)
Mediação: Sandra Raquel Azevedo (João Pessoa – PB): é jornalista e atua profissionalmente como professora e pesquisadora vinculada ao Departamento de Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba. Desde 2019, publica crônicas, semanalmente, no Jornal A União. É autora dos livros: “Mídia & Pandemia: estratégias contra a desinformação”; “Comunicação no Semiárido Brasileiro”; “Comunicação, Mídia e Imaginário: diálogos contemporâneos”; “Perfis em Jornalismo Cultural”; “Gênero, rádio e educomunicação: caminhos entrelaçados”; “Cartografias: escritos sobre mídia, cultura e sociedade”; “Mulheres em Pauta: gênero e violência na agenda midiática”; “Gênero, Rádio e Educomunicação: caminhos entrelaçados”.
A língua não é neutra. Ela é construída, disputada, imposta e reinventada. Esta mesa propõe uma reflexão urgente sobre as implicações políticas e afetivas da linguagem — o modo como ela pode oprimir, emancipar, excluir ou reconstruir comunidades. Quando dizemos “corpo político da língua”, evocamos a materialidade da palavra: seus acentos, suas ausências, suas feridas.
A língua é ao mesmo tempo território de poder e campo de resistência. Em sociedades marcadas por desigualdades estruturais, quem tem o direito de falar? Quem é ouvido? Quem narra e quem é narrado? Esta mesa se debruça sobre essas tensões, tratando da língua como instrumento de emancipação — mas também como fronteira simbólica e trincheira cultural.
Com vozes que transitam entre a poesia, o ensaio e o ativismo intelectual, a mesa propõe um enfrentamento literário e político da linguagem: não se trata apenas do que se escreve, mas de como se escreve, para quem, e a partir de onde.
NOTAS BIOGRÁFICAS DOS AUTORES
🇵🇹 Alberto S. Santos (Portugal)
Alberto S. Santos é escritor e advogado português. Autor de romances históricos de grande sucesso, como A Escrava de Córdova e Amantes de Buenos Aires, recria com rigor narrativo e imaginação épocas marcantes da história e da cultura lusófona. Atualmente, exerce também funções como Secretário de Estado da Cultura de Portugal.
🇧🇷 Ana Adelaide Tavares (João Pessoa – PB)
Escritora, é professora Doutora aposentada do Departamento de Letras Estrangeiras da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), onde trabalhou de 1992 a 2018. Formada em Letras pela UFPB, tem PósGraduação/ Mestrado em Língua e Literatura Anglo Americana (UFPB), e foi bolsista da Capes e do Conselho Britânico, num programa de pesquisa na Universityof Warwick-Inglaterra-1986/7). Tem três livros publicados: “Brincos, pra que te quero”, “De paisagens e de outras tardes” (Editora Forma, 2016), e “Mulheres: Escritos, Jardins e Uivos” (Editora Ideia, 2024). Participou dos movimentos feministas de João Pessoa, e é ativa nos movimentos culturais da cidade. É colunista do Jornal A União.
🇧🇷 Hildeberto Barbosa (Aroeiras – PB)
É poeta e crítico literário paraibano. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, Licenciado em Letras Clássicas e Vernácula, mestre e doutor em Literatura Brasileira. Professor titular aposentado da UFPB e membro da APL - Academia Paraibana de Letras. Com as colunas "Letra Lúdica" e "Convivência Crítica", colabora regularmente com o jornal A União e a revista Correio das Artes. Assina, também, artigo semanal no portal "MaisPB, publicado no Facebook. É autor de inúmeras obras no campo da poesia, da crítica literária, do ensaio, da crônica e do jornal literário. Dentre seus títulos publicados, podem ser destacados "Nem morrer é remédio", reunião dos seus 12 primeiros livros de poemas; "Arrecifes e lajedos: breve itinerário da poesia na Paraíba", "A sabedoria do esquecimento: pensamentos Provisórios II" e "Os livros: a única viagem". Teoricamente se interessa pelos gêneros heterodoxos, teoria do poético e as relações entre direito e literatura.
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Nossa Terra, Nossa Gente — Ancestralidade, Identidade e o Futuro da Democracia
João Pessoa | 27 a 29 de novembro de 2025
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