Brasil bate record captação de investimento

O Brasil recebeu investimento estrangeiro direto de 11,8 mil milhões de dólares (11,1 mil milhões de euros) em fevereiro de 2022, o maior volume para um mês desde janeiro de 2017.

O investimento estrangeiro em projetos produtivos no Brasil em fevereiro foi 34% superior ao do mesmo mês do ano passado (8,8 mil milhões de dólares ou 8,3 mil milhões de euros) e 151,5% superior ao de janeiro de 2022 (4,7 mil milhões de dólares ou 4,4 mil milhões de euros), segundo o balanço das contas externas .

O salto em fevereiro permitiu que o investimento estrangeiro acumulado nos dois primeiros meses do ano chegasse a 16,5 mil milhões de dólares (15,6 mil milhões de euros) no Brasil, com um crescimento de 34,42% face aos dois primeiros meses de 2021.

O investimento acumulado nos dois primeiros meses deste ano equivale a 35,64% de tudo que o Brasil recebeu no ano passado (46,4 mil milhões de dólares ou 44 mil milhões de euros), e o acumulado nos últimos 12 meses até fevereiro chega a 50,6 mil milhões de dólares (48 mil milhões de euros), o equivalente a 3,09% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

O Banco Central projeta para este ano um crescimento do investimento estrangeiro direto no Brasil de até 55 mil milhões de dólares (52,1 mil milhões de euros), mas essa previsão deve ser atualizada.

O emissor informou ainda que os recursos aportados por estrangeiros em investimentos diretos em fevereiro foram mais do que suficientes para cobrir o défice do Brasil em seu saldo em conta corrente (transações no exterior), que totalizou 2,4 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros).

A diferença negativa entre os recursos que entraram do exterior e os que saíram foi reduzida em 39,2% em fevereiro ante o défice de 3,9 milhões de dólares (3,7 mil milhões de euros) em janeiro.

Essa redução se deve ao bom resultado da balança comercial do Brasil, que em janeiro registou excedente de 3,5 mil milhões de dólares (3,3 mil milhões de euros) devido ao salto de 43,6% nas exportações e de apenas 19,8% nas importações.

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